O Espaço Contraponto trouxe uma proposta instigante: refletir sobre como a gamificação pode transformar a maneira como a previdência se comunica com seus participantes. O diálogo foi conduzido por Natália Moreira, diretora de previdência do IBA - Instituto Brasileiro de Atuária, em conversa com Giancarlo Giacomini Germany, diretor-executivo da Mirador.
Natália abriu lembrando que, em um mundo dominado por múltiplas telas e estímulos constantes, captar atenção e engajar as pessoas na construção de seu futuro financeiro é um desafio crescente: “fica muito difícil engajar as pessoas a pensar no futuro, sobretudo no futuro financeiro, que é o nosso grande negócio.” Ela destacou que o painel buscaria trazer ideias práticas, explorando como mecânicas típicas dos jogos podem tornar a previdência mais atrativa, próxima e intuitiva.
Giancarlo apresentou cases e experiências da Mirador que evidenciam esse potencial. Segundo ele, “a gamificação pode transformar a relação do participante com a previdência, tornando cada etapa de decisão mais leve e interativa.” Ao introduzir elementos de desafio, recompensa e progresso, a previdência ganha em aderência e se aproxima da linguagem cotidiana de diferentes gerações.
Para Natália, o ponto central é que essas ferramentas não devem ser vistas como artifício superficial, mas como recurso estratégico: “gamificar é falar a língua de quem está do outro lado, é traduzir escolhas complexas em experiências que fazem sentido no dia a dia.”
O debate concluiu que, num setor em que tempo e disciplina são determinantes, a gamificação oferece um caminho promissor para reaproximar os participantes, estimular escolhas conscientes e renovar a forma como se fala de previdência — sem perder de vista a seriedade da responsabilidade que o tema carrega.