Com mediação de Fernanda Rinco, Diretora e AETQ da CP Prev, a mesa trouxe a visão prática da Bradesco Asset sobre como alocar fora do Brasil em um ambiente de juros em transição, dólar volátil e reprecificação de riscos. Juliana Maeda, Global Fund of Funds, Soluções de Investimentos da Bradesco Asset Management, abriu com o diagnóstico do apetite global por risco: “Então, hoje em dia, a ideia é que eles estão um pouco mais alocados, estão investindo em ações.” Emenda que “é o maior nível de exposição a ações desde fevereiro que os gestores e os alocadores estão agora em setembro.”
Na sequência, Marcus Sena, Fund of Funds, Portfolio Manager da Bradesco Asset Management, pontuou que o movimento “risk-on” vem temperado por proteção ativa: “Então eles estão vendidos em dólar e comprando ouro e criptomoedas também.” O quadro é de tomada seletiva de risco (“…estão tomando risco na Europa e em mercados emergentes, principalmente”), com rotação gradual após anos de pouco interesse — e alguma preferência tática por bancos europeus em determinados cenários. No câmbio, a leitura trouxe contraste entre o real e a cesta global: “Contra uma cesta de moedas, o DXY (Índice Dólar)está caindo quase 10%”, afirmou Sena.
Para o investidor institucional, o recado final foi de correlação alta e necessidade de equilíbrio entre classes: “Com relação aos mercados… renda fixa e renda variável andaram pro mesmo lado.” Em outras palavras, diversificar com critério, combinar exposições internacionais e preservar defesas (hedges) virou parte do “básico bem-feito” neste ciclo, mantendo liberdade de escolher sem abdicar de disciplina de risco.