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Investimentos no Exterior: oportunidades e desafios

29/5/2025

O segundo painel do 4º Seminário de Fundos de Pensão e Patrocinadores Privados trouxe à discussão aspectos diversos sobre Investimentos no Exterior: Oportunidades e Desafios. Contou com a participação de George Kerr, sócio e responsável pela distribuição de produtos da Vinci Compass, Gustavo Pistili, gestor de alocação de fundos do Santander Asset Management, e Marcelo Neves, consultor sênior da NET Invest, que mediou a discussão.

Abrindo o debate, Marcelo Neves destacou o cenário de volatilidade internacional e provocou os painelistas: “Com a Selic a 14,75%, vale olhar para fora com apetite a risco?”

Marcelo Neves

George Kerr foi direto: “Sim. Estamos falando de longo prazo, e o investimento no exterior é uma resposta relativamente simples”. Segundo ele, “a indústria precisa sair da lógica ‘renda fixa ou variável’ e pensar em risco, retorno e fator de risco desejado”.

George Kerr

Gustavo Pistili corroborou destacando que “Investir fora é questão de diversificação e acesso a temas que não temos no Brasil, como tecnologia”. Ele alertou sobre a ciclicidade do mercado, sugerindo que o foco exclusivo no curto prazo gera ruído e pode levar a erros.

Gustavo Pistili

A seguir, George Kerr reforçou a importância da diversificação internacional, enfatizando que os investidores precisam explorar mercados fora do Brasil para maximizar seus retornos. "A globalização e as novas tecnologias tornaram os investimentos internacionais mais acessíveis e, em muitos casos, mais seguros", afirmou Kerr.

Gustavo Pistili complementou a discussão, ressaltando os desafios de operar em mercados internacionais. "Embora as oportunidades sejam vastas, os investidores precisam estar preparados para lidar com riscos cambiais e regulamentações diversas", afirmou Pistili, lembrando a necessidade de uma estratégia robusta para navegar em mercados estrangeiros.

Entre os desafios apontados, destacaram-se a volatilidade provocada por incertezas políticas e comerciais, como as tarifas americanas. George Kerr citou: “Desde 1994, o câmbio desvaloriza cerca de 5% ao ano. Ignorar os ativos globais é deixar 98% das oportunidades do mundo na mesa”.

Marcelo Neves, como mediador, ressaltou o papel do seminário na educação e no compartilhamento de experiências entre os profissionais do setor. "Nosso papel aqui foi ajudar a construir uma visão clara sobre como os fundos de pensão podem atuar fora do Brasil, com segurança e eficiência", concluiu Neves.

O painel concluiu com uma provocação instigante de Kerr: “O ponto não é quando investir no exterior, mas quanto se deve ter dessa exposição”, defendendo disciplina, planejamento e uma visão de longo prazo para explorar novas fronteiras de investimentos, equilibrando riscos e retornos no cenário global.

Assista à gravação do Painel 2

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