O segundo dia do Webinar "Horizontes APEP: Navegando na Volatilidade – estratégias de investimentos em tempos de incertezas" consolidou o evento como um importante fórum para debater as estratégias de investimento e os desafios regulatórios que moldam o futuro dos fundos de pensão. Especialistas e reguladores ofereceram um panorama completo, desde a expectativa de valorização da bolsa brasileira até as complexidades da nova Resolução CVM 175 e as diretrizes da Previc.
O dia teve início com o painel "Renda Variável – a bolsa de valores brasileira está prestes a iniciar um ciclo de valorização?", mediado por Osley Oliveira (Syngenta Previ), que reuniu André de Escobar (Tarpon) e Christian Keleti (AlphaKey). Os especialistas expressaram um otimismo cauteloso, fundamentado na assimetria atual do mercado e nas valuations atrativas das empresas brasileiras, indicando um potencial ciclo de alta impulsionado por uma esperada queda dos juros e o vasto capital em renda fixa buscando novas oportunidades.
Em seguida, o debate sobre "Política de Investimentos: o que mudar para 2026?" trouxe Guilherme Benites (Aditus) e Raphael Santoro (WTW), sob a moderação de Stephanie Jollo Soares (Fundação Itaú Unibanco). Os painelistas discutiram a necessidade de adaptar as políticas de investimento para um cenário com juros reais ainda elevados em 2026 e o desafio de balancear a concentração em renda fixa com a busca por diversificação em outras classes, como ações e alternativos, diante de um ambiente eleitoral volátil.
Em um importante momento do dia, a Previc marcou presença com a mensagem do Superintendente Ricardo Pena. Ele expressou preocupação com a excessiva concentração de investimentos em títulos públicos e reforçou a importância da diversificação para os fundos de pensão. Pena também destacou os pontos-chave da consulta pública da Resolução Previc 23, com foco no aprimoramento da comunicação com os participantes, no reforço da governança e na introdução gradual de critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) nas políticas de investimento.
Dando sequência aos painéis, o terceiro sobre "Alternativos: O que colocar no radar?", contou com Rafael Fritsch (Root Capital) e Diego Condado (Galapagos Investment Solutions), com a mediação de Welyton de Souza Pinto (EnergisaPrev). A discussão focou no potencial de classes como FIPs, FIDCs e FIIs para diversificação e rentabilidade, especialmente ao abrir mão de liquidez para acessar prêmios em crédito privado e investimentos estruturados.
O dia foi concluído com o painel sobre "Os desdobramentos da CVM 175?" que trouxe a expertise de Carlos Alberto Barros (Junqueira de Carvalho e Murgel Advogados), moderado por Hermano de Souza Neto (PRhosper Previdência). O advogado detalhou como a nova resolução revoluciona a gestão de fundos, eliminando a solidariedade entre gestor e administrador e exigindo que os fundos de pensão atuem com maior diligência como investidores profissionais, adaptando suas políticas e governança à nova realidade regulatória.
O último dia do Webinar Horizontes APEP deixou claro que o cenário de investimentos para fundos de pensão é dinâmico e exige constante atualização e adaptação. A combinação de análises de mercado, discussões sobre políticas de investimento e o entendimento aprofundado das mudanças regulatórias forneceu aos participantes ferramentas essenciais para navegar com estratégia e segurança os desafios e oportunidades que se apresentam.
Para rever o que foi discutido neste primeiro dia, assista às gravações e acesse as apresentações!