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Painel I - Retirada de patrocínio e sua forma de processamento

15/11/2024

Retirada de Patrocínio nos Fundos de Previdência: Novos desafios e soluções

Com a mediação de Ana Paula Raeffray, vice-presidente do IPCOM, especialistas discutiram no VI Seminário Previdência Complementar em Debate um dos temas mais complexos e desafiadores na previdência complementar: a retirada de patrocínio. No painel, que contou com a participação de Guilherme Campelo, diretor de licenciamento da Previc, Daniel Conde, do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) e Lucas Nóbrega, CEO da Energisa Prev, os debates destacaram processos, regulamentações recentes, desafios atuariais e proteção dos direitos dos participantes e assistidos.

Palestrantes do painel

De acordo com as recentes mudanças na regulamentação, especialmente com a Resolução 59 da Previc, o processo de retirada de patrocínio tornou-se ainda mais rigoroso e detalhado. Por essa resolução, agora é exigido que as empresas patrocinadoras contribuam com recursos adicionais para cobrir passivos atuariais antes de encerrar o plano. "Nosso papel é supervisionar e orientar as patrocinadoras e entidades para que o processo seja justo e mantenha a segurança jurídica de todas as partes envolvidas", afirmou Campelo.

Daniel Conde destacou os desafios técnicos que essa mudança impõe aos atuários, especialmente a criação de um fundo de longevidade para garantir a continuidade dos benefícios. Esse fundo é vital para planos de benefício definido (BD), onde é necessário garantir um fluxo de renda vitalício aos assistidos, mesmo após a saída do patrocinador. "A viabilidade técnica e atuarial é essencial. Precisamos garantir que o fundo tenha sustentabilidade a longo prazo e proteja os direitos dos assistidos", explicou Conde.

Daniel Conde

Lucas Nóbrega, da Energisa Prev, relatou as medidas práticas que sua entidade está adotando para lidar com as novas exigências, como fusões e incorporações, minimizando a necessidade de retiradas de patrocínio. Ele compartilhou a experiência de sua empresa em buscar alternativas de continuidade ao invés de encerrar os planos, o que oferece mais segurança aos participantes e mantém a estrutura de governança.

Lucas Nóbrega

Em meio às discussões, comentou-se sobre exemplos de casos bem-sucedidos no setor, como o da Inovar Previdência, que continuou operando após a saída de seu principal patrocinador.

No fechamento do painel, Ana Paula Raeffray concluiu que a retirada de patrocínio deve ser tratada como último recurso. Ela enfatizou a importância de adotar soluções criativas que equilibrem os direitos dos participantes e a sustentabilidade do sistema.

Confira, na íntegra e detalhadamente, toda a cobertura desse painel no vídeo abaixo:

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